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Dragagem para construção de comportas no Rio Acre em território Boliviano preocupa Defesa Civil do Acre

Falcão lembrou como exemplo do que pode acontecer nos municípios banhados pelo Rio Acre, com a implantação de comportas na Bolívia, o que provocou a alagação histórica em Porto Velho no ano de 2014, a maior dos séculos XX e XXI

14/01/2025 às 09h11 Atualizada em 15/01/2025 às 03h57
Por: Redação Fonte: Wiliandro Derze
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Dragagem para construção de comportas no Rio Acre em território Boliviano preocupa Defesa Civil do Acre

O governo de Pando que tem sua capital sendo Cobija na fronteira com o Acre pelos municípios de Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil irá construir comportas para controlar o fluxo de água do Rio Acre que passa pelo seu território. O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros e coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, Cláudio Falcão, disse ao Amazonotícias que recebeu com temor a informação da obra de dragagens e construção de comportas.

Segundo informou Falcão, a utilização do uso de comportas no manancial pode afetar o ritmo das inundações nos municípios acreanos. “O que ocorre lá no Peru, na Bolívia e nos outros municípios que estão acima de Rio Branco, acaba afetando diretamente a capital acreana porque nós somos um dos municípios mais impactados que tem em toda a Bacia do Rio Acre. Fechando as comportas, vai chegar uma hora que vai ter que abrir, e abrindo, pode dar problema em tudo o que está abaixo”, disse o coronel.

Falcão lembrou como exemplo do que pode acontecer nos municípios banhados pelo Rio Acre, com a implantação de comportas na Bolívia, o que provocou a alagação histórica em Porto Velho no ano de 2014, a maior dos séculos XX e XXI. De acordo com coordenador da Defesa Civil, as autoridades depois reconheceram que a barragem da usina concentrou a força da água em uma única queda, aumentando a velocidade e o poder erosivo da água.

“A hidrelétrica de Santo Antônio em Rondônia, por exemplo, já causou inundação em Porto Velho, porque a comporta vai segurar a quantidade de água necessária e depois vai ter que ir abrindo, e acaba tendo um impacto hidrológico bem grande para o que está abaixo. Enfim, não posso opinar maiores detalhes porque eu não conheço o projeto, de repente é um projeto que vai ajudar a eles lá e não vai prejudicar a gente, mas eu creio que é bem temeroso essa questão”, concluiu Falcão.

 

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