O Acre enfrenta uma grave crise em sua infraestrutura educacional e de saúde, refletindo o descaso das autoridades com as necessidades básicas da população também em outras áreas. Muitos alunos ainda não conseguem acessar instituições de ensino, como tem denúncia do vereador eleito Eber Machado (MDB).
Os alunos não acessam o ensino devido à falta de escolas e condições adequadas para sua locomoção. Essa realidade não apenas compromete o direito à educação, mas também perpetua um ciclo de desigualdade e marginalização de crianças e adolescentes que, sem acesso ao conhecimento, veem seus futuros limitados. Conjuntamente, o sistema de saúde no estado é marcado por intermináveis filas e longas esperas para procedimentos cirúrgicos, com cidadãos aguardando tratamento digno por anos, e muitos até já morreram de tanto esperar.
Em meio a essa crise, o governador Gladson Cameli tem preferido apostar em estratégias de populismo, utilizando as redes sociais para divulgar suas aparições em momentos triviais da vida, como almoços com conserva, em uma tentativa de se mostrar próximo ao povo. Essa abordagem, embora possa criar uma imagem de humildade, não se traduz em ações concretas que realmente melhorem a qualidade de vida dos acreanos. A popularidade do governador pode ser atribuída, em grande parte, ao seu controle sobre a mídia e máquina pública, que inclui uma estrutura de cargos comissionados e terceirizados que frequentemente apoiam interesses pessoais e políticos.
Entretanto, a capacidade do governador em conduzir o estado rumo a melhorias substanciais em setores críticos como educação e saúde tem se mostrado aquém do necessário. Ao invés de investir em políticas públicas efetivas que abordem as lacunas na infraestrutura escolar e na assistência médica, a gestão atual ignora as demandas urgentes da população. O potencial de desenvolvimento do Acre esbarra nas limitações impostas pela falta de prioridades claras e na ausência de ações que reflitam um compromisso genuíno com o bem-estar da sociedade.
A situação se complica ainda mais com a perspectiva do governador enfrentando processos. O caso da Operação Ptolomeu, que o tornou réu e poderá resultar em uma sentença pelo Tribunal Superior de Justiça (STJ), evidencia a fragilidade da administração frente a questionamentos sobre sua ética e integridade.