O Presídio Francisco D'Oliveira Conde, em Rio Branco, foi palco de uma fuga de seis detentos, que conseguiram escapar em meio à falta de efetivo e estrutura adequada para a segurança da unidade. O caso que ocorreu na noite desse domingo, 3, levantou uma série de questões sobre a precariedade do sistema penitenciário no Acre, que já enfrenta sérias dificuldades.
O policial penal Rene Fontes, que atua na unidade, fez um desabafo em um vídeo que rapidamente se espalhou nas redes sociais. Ele destacou a grave situação enfrentada pelos profissionais da segurança penitenciária, que trabalham com um número reduzido de agentes. Segundo Fontes, o efetivo atual é de quase 100 presos para um policial penal cuidar, o que ele alega ser insuficiente para garantir a segurança dos presos e dos servidores, além de manter a ordem dentro do presídio.
Rene também mencionou que, há um ano, foi realizado um concurso público para reforçar o quadro de agentes penitenciários, mas até o momento, os aprovados ainda não foram convocados. "Estamos esperando que o governo do estado tome providências e chame os aprovados para que possamos trabalhar com mais segurança e eficácia", disse. Ele enfatizou que a falta de investimento e a precariedade da infraestrutura do presídio são fatores que contribuem para situações como a fuga recente.
Os problemas no sistema penitenciário do Acre não são novos. De acordo com especialistas, as dificuldades de gestão e a falta de recursos têm gerado um ciclo de violência e insegurança, tanto dentro quanto fora das unidades prisionais. A situação se agrava ainda mais com a superlotação.
A fuga dos seis presos acendeu um alerta para a necessidade urgente de reformas e investimentos no sistema penitenciário do estado. Fontes concluiu seu vídeo pedindo apoio e um posicionamento mais firme das autoridades para que a situação, considerada crítica, possa ser revertida.