Diversos alunos, pais, professores e servidores estão denunciando constantemente ações de criminosos nas escolas estaduais de ensino fundamental e médio. Vários relatos noticiados pela imprensa durante quase um ano, vem mostrando a fragilidade atualmente que as escolas tem para tratar dos casos de violência e ações de delinquentes que furtão, assaltam alunos, professores e servidores das escolas.
As tecnologias que poderiam ser usadas para coibir a criminalidade ou ser um mecanismo para investigação estão paradas na Secretaria Estadual de Educação, no caso o contrato de uma empresa de vigilância eletrônica, enquanto escolas são alvos de criminosos que invadem o ambiente escolar, levam materiais e utensílios usados pelos alunos e professores, além de assaltos, ameaças e circulação de armas dentro do ambiente estudantil.
A realidade das escolas do Estado atualmente é esta, aponta diversas ocorrências. Por exemplo, na escola Clícia Gadelha, bandidos entraram e trocaram tiro com os vigilantes na escola, que fica na região do bairro São Francisco em Rio Branco. Outro caso foi na escola Estadual de Ensino Fundamental Professora Quita, no bairro São José, em Cruzeiro do Sul, esta foi alvo de furto de materiais de limpeza e cozinha.
Os episódios relatados e com grande repercussão na imprensa não termina. Um adolescente, de 17 anos, foi flagrado com uma arma de fogo, uma faca e munições dentro da Escola Estadual José Rodrigues Leite, localizado no centro de Rio Branco, praticamente ao lado da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Recentemente o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) anunciou a criação do Grupo de Trabalho na Defesa da Segurança Escolar (GT-Segurança Escolar), por meio do Ato n° 031/2023, assinado pelo procurador-geral de Justiça, Danilo Lovisaro do Nascimento. Mas o MP poderia recomendar a instalação imediata do monitoramento com câmeras pela empresa vencedora da licitação. Assim o monitoramento eletrônico ajudaria a coibir e descobrir crimes que vem ocorrendo no ambiente escola.
O secretário de Educação, Aberson Carvalho disse a reportagem que ainda não assinou a ordem de serviço para a empresa vencedora da licitação. “Estamos concluindo a resposta aos órgãos de controle, no caso TCE e CGU. Após responder as diligências e as mesmas sanadas, faremos a ordem de serviço”, ressaltou o gestor.
Enquanto a morosidade toma conta das ações públicas, os alunos, professores e servidores das escolas estão a merecer dos criminosos.